tag:blogger.com,1999:blog-24730782610091856782024-03-12T22:48:06.553-03:00Ensaio sobre a MudezQuando os pensamentos falam mais altoVinícius Rennóhttp://www.blogger.com/profile/16840331231035659768noreply@blogger.comBlogger25125tag:blogger.com,1999:blog-2473078261009185678.post-90147551271308740372015-09-22T14:57:00.000-03:002015-09-22T15:03:51.716-03:00<div align="center" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Sucesso aqui no Brasil</span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Fernando é
colombiano. Trabalhava na Venezuela. Há nove meses chegou ao interior de São
Paulo. Conseguiu um emprego de garçom em um bar para os mais abastados da
sociedade caipira. Fernando tropeçou e derrubou a cerveja do cliente rico. A
mesa do sujeito endinheirado estava no lugar errado e com uma inclinação que
favorecia a gravidade. Foi um acidente e a pessoa com muito dinheiro perdoou
Fernando. Fernando continuou a trabalhar. O nobre consumidor do bar reclamou
para um garçom tupiniquim. “ Esse colombiano tá fudendo tudo! ”. A noite
seguiu. Fernando humildemente terminou seu trabalho. O cliente pediu crédito.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"> Fernando
foi para casa dormir para trabalhar no da seguinte. O burguês foi para outro
bar para ficar com ressaca no (inútil) dia seguinte.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="right" style="text-align: right;">
<i><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 10pt;">“ Cuando
la tiranía es ley, la revolución es orden ”</span></i></div>
<div align="right" style="text-align: right;">
<i><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 10pt;">Don
Pedro Albizu Campos</span></i></div>
Fabrício Rennóhttp://www.blogger.com/profile/15583797581167657341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2473078261009185678.post-42117545870327419392014-06-15T19:01:00.001-03:002014-07-04T14:30:34.764-03:00FIFA = Fascismo<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLR6oDOIIdQ5bH1dZh8nbUeXTbCJuocAeJEcGVtPgXie_FBcdtmCccz_q8rxGjm-6jbaxevUYCt9U5MFtLVjz7twD4gwdDYyz1WCqlHZV1jLDuOWwAhMVc67vIf_-y0crsarub7QsqbZ9j/s1600/FIFAscism.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLR6oDOIIdQ5bH1dZh8nbUeXTbCJuocAeJEcGVtPgXie_FBcdtmCccz_q8rxGjm-6jbaxevUYCt9U5MFtLVjz7twD4gwdDYyz1WCqlHZV1jLDuOWwAhMVc67vIf_-y0crsarub7QsqbZ9j/s1600/FIFAscism.png" height="281" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">FIFAscimo - Pelo ganho. <strike>Pelo Mundo.</strike></td></tr>
</tbody></table>
<br />
Não entendeu? Leia o livro "<b>Um jogo cada vez mais sujo – O padrão Fifa de fazer negócios e manter tudo em silêncio</b>", do jornalista escocês Andrew Jennings, ou veja sua adaptação em documentário da BBC (<a href="https://www.youtube.com/watch?v=r6N6rBNODE0" target="_blank">parte 1</a> e <a href="https://www.youtube.com/watch?v=S-HA7HKSD9I" target="_blank">parte 2</a>) e tire suas próprias conclusões.<br />
<br />
Quer uma alternativa mais curta e fácil? Veja o vídeo abaixo:<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<br />Vinícius Rennóhttp://www.blogger.com/profile/16840331231035659768noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2473078261009185678.post-76212693531055286972014-04-22T22:23:00.000-03:002014-04-22T22:29:46.372-03:00O Haiti (não) é aquiEm meio a confusão de partidas e chegadas geradas pelo feriado de Páscoa, em uma rodoviária que ainda estava em reformas para a Copa 2014, havia um haitiano perdido.<br />
<a name='more'></a><br />
Era Sexta-feira Santa. Não se sabe quanto tempo ele ficou ali, parado de pé ao lado de sua grande mala, cheia de roupas e esperanças, olhando para a multidão indiferente. Só se sabe que em suas mãos tinha um papel surrado, repleto de números de telefone e nomes de compatriotas que talvez poderiam abrigá-lo e, com sorte, ajudá-lo a arranjar um emprego. Porém, como fazer telefonemas se todo o dinheiro que ele tinha foi gasto na passagem aérea para chegar ao Brasil, "a terra da oportunidade"? Essa história pode não ser grande coisa, mas havia um detalhe: ele mal falava o Inglês, e muito menos o Português.<br />
<br />
Com esses preocupações na cabeça, ele viu que um brasileiro ao seu lado estava usando um aparelho celular. Esse rapaz estava ali para recepcionar um amigo que chegava de viagem, mas cujo ônibus estava atrasado. Timidamente, o haitiano perguntou se o brasileiro falava Inglês e se poderia ajudá-lo. Foi necessário um certo tempo para que a informação fosse compreendida foneticamente. Entretanto, ele abriu um grande sorriso quando o brasileiro disse "yes". Muitas ligações locais, estaduais e até mesmo nacionais foram feitas. (Todas na língua <i><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Crioulo_haitiano" target="_blank">Kreyòl</a></i>.) Mas, pelo visto, o estrangeiro não tinha para onde ir. Ainda. Então, eis que chega o tão esperado amigo do brasileiro. Os dois nativos se cumprimentaram de maneira calorosa. Obviamente, o primeiro contou ao outro sobre a situação do estrangeiro. Depois de conversarem sobre o que fazer, resolveram abrigar o haitiano momentaneamente. Afinal, o segundo brasileiro tinha feito uma longa viagem e já era quase hora do almoço.<br />
<br />
Em casa, o anfitrião apresentou o haitiano à sua companheira. Inicialmente, ela levou um susto. Mas depois de saber de sua desventura, ela se compadeceu dele. Enquanto preparavam mais comida para a visita inesperada, receberam uma ligação interestadual. A pessoa do outro lado da linha havia sido contatada por uma daquelas para as quais haviam ligado antes. Não prometia muito, a não ser que o abrigaria e tentaria encontrar um lugar que pudesse empregar seu compatriota estrangeiro. O que já era uma esperança mais palpável. Assim, almoçaram. A conversa que se seguiu, apesar de dificultada pela barreira da língua, foi bastante amigável. Descobriram que o haitiano era eletricista, que tocava teclado e que frequentava a Igreja Batista. Por coincidência ou vontade divina, era a mesma fé do amigo do anfitrião.<br />
<br />
Por fim, toca o celular novamente. Basta dizer que haitiano teria uma oportunidade de emprego há uns mil quilômetros dali. Viajou para lá na tarde de sábado, com passagem comprada pelos brasileiros. Contudo, não antes de passear tranquilamente pela cidade onde encontrou amigos para toda a vida.Vinícius Rennóhttp://www.blogger.com/profile/16840331231035659768noreply@blogger.com0Curitiba - PR, Brasil-25.4200388 -49.265097299999979-25.8786733 -49.910544299999977 -24.9614043 -48.619650299999982tag:blogger.com,1999:blog-2473078261009185678.post-26729228469619642982014-04-18T14:10:00.003-03:002014-04-19T05:47:40.878-03:00Eu apostoA repórter pergunta para uma senhora: "Por que a senhora acordou tão cedo para assistir essa missa?". E a senhora respondeu: "Por causa da fé!".<br />
<br />
E eu apenas me pergunto: "Por que?". Aposto que não é por fé que você acorda cedo para trabalhar; aposto que não é por fé que você ajuda alguém na rua; aposto que não é por fé que você dá um bom abraço em seu filho; aposto que não é por fé que você humilha alguém na rua e aposto que não é por fé que você vive.<br />
<br />
Fazemos tanto sem fé. Fazemos tudo sem fé, mas sempre tem algo instigando você a isso, mesmo que seja para celebrar e comemorar uma sessão de tortura romana.Fabrício Rennóhttp://www.blogger.com/profile/15583797581167657341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2473078261009185678.post-39164158258692015552014-02-28T23:38:00.003-03:002014-03-01T20:28:40.036-03:00SaudadeUma pessoa que convive um longo tempo com outra acaba se acostumando com o ritmo da vida a dois. Por isso, quando essa outra pessoa não está presente, a primeira sente como se o tempo ficasse em suspenso. Há uma percepção latente de que os momentos que passaram juntas preenchem os dias e as noites. Além disso, a noção de espaço também se altera. Pois a ausência da outra pessoa dá a impressão de que o ambiente de convívio parece vazio, parece até maior do que antes. Algo falta. Evidentemente. Mas não era evidente quando estavam juntas. Estavam distraídas demais entre si para perceber como completavam as lacunas, como criavam novas necessidades na vida uma da outra. Agora, mesmo sabendo que vão se ver novamente depois de alguns dias, a palavra "saudade" prova o motivo de sua existência.Vinícius Rennóhttp://www.blogger.com/profile/16840331231035659768noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2473078261009185678.post-22056293142876593422014-02-23T23:06:00.000-03:002014-02-23T23:06:45.702-03:00Plantão de domingo!(Música de plantão jornalístico do grande meio alienador)<br />
<br />
A Ucrânia derrubou o presidente com protestos e mortes. Na Venezuela, oposição e governo se enfrentam nas ruas, com direito a sacrifício de miss e "deusificação" de líderes. E no Brasil, é carnaval.<br />
<br />
As tentativas de paz na Síria fracassaram mais uma vez e encontro de separados pela guerra aconteceu na Coreia do Norte. No mesmo momento, a ONU apresentou um relatório sobre a trágica situação política e social do país mais isolado do mundo. E no Brasil, é carnaval.<br />
<br />
A Rússia vence as olimpíadas de inverno e Putin perde a prata da casa.<br />
<br />
E, por fim, é carnaval no Brasil com máscaras liberadas (por enquanto).Fabrício Rennóhttp://www.blogger.com/profile/15583797581167657341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2473078261009185678.post-75988730692821923542014-02-19T08:57:00.001-03:002014-02-19T08:58:07.148-03:00Quando os pensamentos falam mais alto<blockquote class="tr_bq">
<br />
"Falamos em demasia -- disse ele com gravidade desacostumada -- As palavras engenhosas não têm qualquer valor, absolutamente nenhum. Só conseguem afastar-nos de nós mesmos. E afastar-se de si mesmo é um pecado. É preciso que se saiba encerrar-se em si mesmo, como a tartaruga." (<a href="http://devoradordelivros.blogspot.com/">Demian, de Hermann Hesse</a>)</blockquote>
<br />
É nesse ato de ensimesmar-se que os pensamentos falam mais alto. Tanto, que a gente não aguenta o volume caudaloso de reflexões e precisa botar para fora de alguma forma. Várias pessoas não conseguem ficar quietas, e por isso desatam a falar umas com as outras ou consigo mesmas. Outras, expressam seu mundo interno por meio das ações. Por aqui, a ação que escolhemos é escrever.Vinícius Rennóhttp://www.blogger.com/profile/16840331231035659768noreply@blogger.com0Curitiba - PR, Brasil-25.4200388 -49.265097299999979-25.8786733 -49.910544299999977 -24.9614043 -48.619650299999982tag:blogger.com,1999:blog-2473078261009185678.post-19267831990079586942014-02-16T21:00:00.000-03:002014-02-20T16:01:17.232-03:00Crônica de um domingo de verão chuvoso, frio e com 10ºC a menos<br />
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<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Extra! Extra! (Não o
grande mercado)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Imprensa brasileira
encaminha, logo após a partida entre Flamengo e Vasco, o pedido de beatificação
do cinegrafista morto durante manifestação no Rio de Janeiro. O documento deve
chegar nesta segunda-feira ao Vaticano e baseia-se no milagre do projeto de lei
sobre terrorismo, não se esquecendo de que estamos no Brasil.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Ocupada com estes
eventos, a imprensa brasileira esquece de escrever sobre todas as guerras civis
atuais, de falar sobre as crianças mortas todos os dias de fome e de
televisionar toda a insatisfação de um mundo sedento por transformação.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">E, mostrando todo o sua
capacidade e profundidade, a imprensa brasileira publica mais um comentário
vazio de uma jornalista de televisão e a opinião de um colunista de direita, o
qual diz que as manifestações do Brasil não têm motivo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Para finalizar,
instituições de ensino superior do Brasil decidem criar um novo curso:
bacharelado em sarcasmo.</span></div>
Fabrício Rennóhttp://www.blogger.com/profile/15583797581167657341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2473078261009185678.post-37751502883472172862009-05-11T14:29:00.007-03:002009-05-11T15:23:06.181-03:00Retrato Calado<br>Esta música da banda acreana <a href="http://tramavirtual.uol.com.br/los__porongas" target="_blank">Los Porongas</a> fala muito a respeito do que penso como deveriam ser as coisas. Além da melodia interessante, a letra carrega uma poesia simples porém profunda. Mas quem sou eu para dizer qualquer coisa? Ouça e leia e tira as tuas próprias conclusões.<br><object id="WMPlay" classid="clsid:22D6F312-B0F6-11D0-94AB-0080C74C7E95" codebase="http://activex.microsoft.com/activex/controls/mplayer/en/nsmp2inf.cab#Version=5,1,52,701" standby="" type="application/x-oleobject" width="300" border="0" height="50"><br /> <embed type="application/x-mplayer2" pluginspage="http://www.microsoft.com/Windows/MediaPlayer/" src="http://media.trama.com.br/tramavirtual/mp3/m_47/236331.mp3" showcontrols="1" showstatusbar="1" autostart="0" autorewind="0" showdisplay="0" autosize="0" transparentatstart="1" animationatstart="0" showpositioncontrols="0" showtracker="1" displaysize="0" volume="100" rate="1" playcount="1" stretchtofit="1" width="300" height="50"></embed></object><br /><br /><b>Fiz um retrato calado<br />Do falado teatro da vida<br />Vim por trás dos olhos sem saber<br /><br />Não é preciso motivo<br />E eu me privo de ter que entender<br />Alguém me faça o favor de não explicar<br /><br /><u>Fale apenas o que for maior<br />Bem mais importante que o silêncio</u><br /><br />Chega de acordar e repetir<br />Chega de acordar e repetir<br /><br />Palavra por palavra é melhor silêncio e paz<br />Eu não agüento mais<br /><br />Chega de acordar e repetir<br />Chega de acordar e repetir</b><br /><br>Vinícius Rennóhttp://www.blogger.com/profile/16840331231035659768noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2473078261009185678.post-69191837583802452932009-04-23T09:26:00.006-03:002009-04-23T10:42:12.556-03:00Dizer apenas o necessário<br>Devido ao <b>XII Encontro Mineiro dos Estudantes de Letras - EMEL</b> (acesse o <a href="http://www.12emelufv.com.br/">sítio</a> e o <a href="http://12emelufv.blogspot.com/">blogue</a> para saber a respeito), tive que abrir mão do meu direito de permanecer em silêncio. Pois é praticamente impossível organizar um evento deste porte sem a agilidade da fala.<br /><br />Estava pensando em fazer desta ocasião apenas um recesso do meu silêncio, mas de acordo com as coisas que aprendi nestes últimos dias, achei por bem fazer uma grande mudança (que nem é tão grande assim, devido à tantas <a href="http://ensaiosobreamudez.blogspot.com/search/label/emendas">emendas</a> que fiz ao passar do tempo) no meu <a href="http://ensaiosobreamudez.blogspot.com/2009/01/voto-de-silncio.html">voto de silêncio</a>: de agora em diante, só falarei quando houver a necessidade de escrever para me comunicar pessoalmente. Isso evitará desassossegos grandes, tanto de minha parte quanto da parte dos que me rodeiam.<br /><br />Muitos dirão que isso é o fim do meu voto. Discordo. Quem fez o voto sou eu e este continua até que eu diga (ou escreva) o contrário. Posso não ser tão silencioso quanto antes, porém ainda assim eu procuro ouvir mais e pensar melhor antes de falar.<br /><br />"A gente pensa que é livre pra falar tudo que pensa mas a gente sempre pensa um pouco antes de falar" ("Se liga aí", de <a href="www.gabrielopensador.com.br/" target="_blank">Gabriel Pensador</a>). Entretanto, há aqueles que insistem em falar sem pensar nas besteiras que estão soltando. Há muito cansei de ser um deles.<br /><br>Vinícius Rennóhttp://www.blogger.com/profile/16840331231035659768noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2473078261009185678.post-90735612930868053082009-04-10T18:45:00.001-03:002009-04-10T18:48:02.863-03:00Um Voto de Exceções<br>As últimas semanas, apesar da quietude, têm sido conturbadas. Em parte, isso se deve aos eventos que estou ajudando a organizar (que são o XIV Encontro de RPG de Viçosa e o XII Encontro Mineiro de Estudantes de Letras) e, em parte, devido aos julgamentos de valor das minhas relações sociais.<br /><br />O que essas coisas têm haver com o tema deste blogue? Ora, pensem melhor, caro leitor e querida leitora! Imaginem a dificuldade que é imposta às pessoas envolvidas nestes eventos para se relacionarem com um mudo-por-opção; a paciência que elas precisam ter quando este quer se comunicar com elas, seja por gestos seja pela escrita. Por causa destes e outros motivos, fui muitas vezes forçado a deixar de lado o meu <a href="http://ensaiosobreamudez.blogspot.com/2009/01/voto-de-silncio.html">voto de silêncio</a> (que, em virtude disso, seria mais adequado chamá-lo de "voto de exceções"), para que não perdesse amizades e oportunidades. Várias vezes me pergunto se devo continuar com esta idéia intrépida; se é válido manter um voto quando este não é seguido totalmente. Mas então me lembro do ensinamento de Buda: "Siga o caminho do meio". Ou seja, devo equilibrar os momentos de fala e de silêncio, sem deixar que um exceda o outro. Como descobrir medida certa? Só a experiência dirá.<br>Vinícius Rennóhttp://www.blogger.com/profile/16840331231035659768noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2473078261009185678.post-53446564123422629722009-03-27T12:29:00.000-03:002009-03-27T12:29:31.466-03:00Reciprocidade e Diferença<br>Uma das frases que tenho usado recorrentemente quando discuto silenciosamente com algumas pessoas a respeito do meu <a href="http://ensaiosobreamudez.blogspot.com/2009/01/voto-de-silncio.html">voto de silêncio</a> é a seguinte: <i>As pessoas tendem a usar o mesmo sistema linguístico que o seu interlocutor</i>. Normalmente, esta frase surge como um ponto final na discussão, mas aqui a usarei como ponto de partida.<br /><br />Para os que não sabem, o "sistema linguístico" de que estou tratando aqui é um conjunto de signos ou sinais gráficos, fonéticos e gestuais que um indivíduo usa para se comunicar com outro, o seu interlocutor. Quando vêm falar comigo, sempre acontece de algumas pessoas gesticularem ou mesmo não usarem a voz, mesmo me conhecendo e sabendo que não surdo-mudo de fato. Na maioria dos casos, isso não é intencional. É interessante perceber que há uma reciprocidade natural nas relações humanas em geral.<br /><br />Mas quando se trata das relações entre os falantes, "os atos de notar, comentar e julgar as formas de falar dos outros têm funções de estabelecer quem pertence e quem não pertence a um grupo social, ou quem merece ou não pertencer a uma grupo social" (Garcez e Zilles, em "Estrangeirismos: desejos e ameaças", 2000).<br /><br />Parece-me, portanto, que entre os iguais criam-se diferenças e entre os diferentes criam-se igualdades.<br>Vinícius Rennóhttp://www.blogger.com/profile/16840331231035659768noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2473078261009185678.post-27441926639896081752009-03-24T22:07:00.001-03:002009-03-24T22:10:46.336-03:00Por que falamos?<br><blockquote>Ao acompanharmos o crescimento de uma criança, cada vez mais, notamos como a necessidade de falar é presente na vida humana... O quanto falar faz de nós mais parte do mundo...! Algumas pesquisas nessa área mostram que, no caso da criança, a primeira palavra murmurada já representa seu ingresso no universo da linguagem e o abandono do estado da natureza. Assim, pode-se dizer que é a linguagem que possibilita a tomada de consciência do indivíduo como entidade distinta. Sabemos que fazemos uso da linguagem, da língua que nos é ensinada, que falamos. Só não sabemos, por que, justamente pela fala, que comunicamo-nos uns com os outros. Outra questão que intriga o pensamento e os mistérios da vida, ou melhor, reflete sobre a existência da comunicação falada entre os homens é por que falar, viver em sociedade com seres falantes, é quase uma necessidade de sobrevivência. Imaginemos, eu, você, todo nós, sem trocar uma palavra sequer com qualquer pessoa que seja durante toda a vida? Provavelmente morreríamos de angústia, de solidão. Claro que, se nunca tivéssemos tido contato com a fala, com o som emitido pelos falantes ao falarem, com a língua que nos encontramos hoje inseridos, essa realidade -- de falar -- não existiria. Mas pensemos: agüentaríamos ficar um dia inteiro que fosse sem falar? Sem falar nada, absolutamente nada? Não agüentaríamos. Não mesmo! O fato é: falamos. Para a Professora Ana Lúcia C. R. Novelli, autora de um dos textos sobre a linguagem disponível na Internet e que trata sobre essas questões,<blockquote>"a língua são os primeiros traços de identificação da humanidade no homem. Ao se perceber como habitante da linguagem, o homem rompe com o estado inicial da natureza, a qual estão inseridos os animais e os próprios homens ao nascerem, e ingressa no estado de cultura resultante da organização social e do partilhamento da vida em comum".</blockquote></blockquote>Este é um trecho retirado do texto "<a href="http://kplus.cosmo.com.br/materia.asp?co=199&rv=Literatura">Linguagem: Até que ponto existimos a partir do momento em que falamos?</a>", de Luciana Arruda. Só o publiquei neste blogue justamente para ter algum contraponto; para que não haja um discurso unilateral. Afinal, acredito na coexistência de multiplas verdades.<br>Vinícius Rennóhttp://www.blogger.com/profile/16840331231035659768noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2473078261009185678.post-43055989402986247352009-03-02T08:07:00.004-03:002009-03-02T08:22:44.465-03:00Emudecido<br>Como dizer quando não posso falar?<br />E o que eu diria se pudesse?<br /><br />Ao mesmo tempo,<br />O silêncio é uma barreira<br />E um refugio.<br /><br />Mesmo emudecido,<br />Quem dera dizer tudo que sinto!<br /><br />Mas não posso.<br />Pois, falando ou não,<br />Não tenho palavras...<br /><br>Vinícius Rennóhttp://www.blogger.com/profile/16840331231035659768noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-2473078261009185678.post-47310919448731255712009-02-20T08:03:00.001-03:002009-03-11T10:35:59.575-03:002ª Emenda<br>Dia vinte de fevereiro do ano dois mil e nove. Fica estabelecido nesta emenda que, a partir da presente data, o <a href="http://ensaiosobreamudez.blogspot.com/2009/01/voto-de-silncio.html">voto de silêncio</a> será acrescido de mais uma situação em que pode ser violado:<br /><br />4) situações em que uso da fala seja estritamente necessário para o alcance de objetivos artísticos acadêmicos e profissionais ou para salvar a vida de uma pessoa.<br /><br>Vinícius Rennóhttp://www.blogger.com/profile/16840331231035659768noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2473078261009185678.post-91494026137764683652009-02-10T07:21:00.002-02:002009-02-10T07:23:45.236-02:00A vontade que fala mais alto<br>É interessante constatar que os momentos nos quais tenho maior vontade de falar são quando estou com raiva. Antes, eu nem percebia que estava com raiva; as palavras saiam da minha boca sem dó nem piedade e quando dava conta do que havia dito, o estrago já estava feito. Agora, este estado constante de autopoliciamento para permanecer em silêncio me mostra e me faz compreender melhor os meus sentimentos, no instante em que eles acontecem.<br /><br />Outros momentos, de longe os mais engraçados, em que desejo usar o dom da palavra são aqueles em que há solidão. Sim, meu leitor e minha leitora, eu falava sozinho. (Mas não me envergonho disso, pois muitas pessoas que conheço o fazem e são ótimos seres humanos. Não quero dizer que as que não falam quando estão sozinhas sejam más; só quero apontar que isso não é caso para se debochar de alguém.) Poderiam me dizer que estes momentos são os mais fáceis de lidar, pois como ninguém estaria por perto para ouvir, eu me policiaria menos. Enganam-se. Não fiz meu <a href="http://ensaiosobreamudez.blogspot.com/2009/01/voto-de-silncio.html">voto de silêncio</a> só para aparecer; meu real intento é promover uma transformação, para melhor, no meu modo de pensar e agir frente às vicissitudes da vida. E aos poucos estou conseguindo.<br /><br />A vontade de falar pode até ser grande às vezes. Porém, se me permitem o trocadilho, a vontade de silêncio fala mais alto.<br /><br>Vinícius Rennóhttp://www.blogger.com/profile/16840331231035659768noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2473078261009185678.post-53146265395490113522009-01-29T11:51:00.003-02:002009-01-29T12:12:22.513-02:00Reações<br>Quando as pessoas têm notícia da minha escolha, seja por meio de meu bloquinho de notas seja por intermédio de outra pessoa que já sabia previamente, as reações são das mais variadas. Mas é possível traçar alguns padrões: uns, de mente mais aberta, acham a idéia bem legal e me desejam boa sorte; outros ficam estarrecidos e não sabem o que dizer a respeito; e há outros ainda que não conseguem admitir tal "aberração social", amaldissoam-me dizendo que não cumprirei minha meta.<br /><br />A estes últimos, que provavelmente só pensam na vida em termos práticos e de forma hiperracional, digo que se há muita força de vontade e um pouquinho fé, tudo é possível. Caso não acreditem, nada posso fazer.<br /><br>Vinícius Rennóhttp://www.blogger.com/profile/16840331231035659768noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2473078261009185678.post-22344601497790284042009-01-21T11:06:00.003-02:002009-01-24T02:55:05.231-02:00Motivo - Parte 2<br>As pessoas não se entendem. Podem fingir convincentemente que sim, mas no fundo sequer se esforçam para tanto. (Atentem para o fato de que estou fazendo uma generalização.) Por isso eu abri mão da fala. Sem esta, ao mesmo tempo que sou condicionado a ouvir mais, os outros são convidados a exercitar a sua faculdade de compreensão. O que gera um maior interesse de ambas as partes e nos leva a dedicar maior atenção ao que é dito ou gesticulado.<br /><br />Através deste argumento, acredito reformular o sentido do ditado:<br />"Os gestos valem mais do que as palavras".<br /><br /><a href="http://ensaiosobreamudez.blogspot.com/2009/01/motivo-parte-1.html">Motivo - Parte 1</a><br /><br>Vinícius Rennóhttp://www.blogger.com/profile/16840331231035659768noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2473078261009185678.post-45124572099193081702009-01-15T13:06:00.003-02:002009-01-15T13:16:50.163-02:00Fala - Secos e Molhados<br>A letra desta música já diz o bastante:<br /><br /><b>Eu não sei dizer<br />Nada por dizer<br />Então eu escuto<br />Se você disser<br />Tudo o que quiser<br />Então eu escuto<br />Fala<br />lá, lá, lá, lá, lá, lá. lá, lá, lá<br />Fala<br />Se eu não entender<br />Não vou responder<br />Então eu escuto<br />Eu só vou falar<br />Na hora de falar<br />Então eu escuto<br />Fala<br />lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá<br />Fala</b><br /><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/r70T5vr_tyY&hl=pt-br&fs=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/r70T5vr_tyY&hl=pt-br&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><br>Vinícius Rennóhttp://www.blogger.com/profile/16840331231035659768noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2473078261009185678.post-80450908713049331762009-01-08T22:01:00.008-02:002009-01-14T10:11:27.509-02:00Motivo - Parte 1<br>Quando as pessoas me questionam sobre qual seria o motivo que me levou a fazer este <a href="http://ensaiosobreamudez.blogspot.com/2009/01/voto-de-silncio.html">voto de silêncio</a>, geralmente mostro uma pequena anotação, preparada para tais circustâncias, na qual digo que o fiz "para me tornar melhor como pessoa". Isto serve para saciar curiosidade efêmera da maioria. Porém quando alguém fica insatisfeito com uma resposta tão vaga, indico a leitura deste blogue.<br /><br />Antes de começar a minha explicação mais pormenorizada, devo dizer que não há apenas um motivo, o que me obrigará a fazer mais de uma publicação a respeito.<br /><br />Acho que o que mais me motivou a tomar minha decisão foi o fato de que grande parte das palavras que saíam da minha boca machucava as pessoas ao meu redor, principalmente no último ano. Falei coisas que não queriam ouvir; este é o problema em ser sincero demais. Por mais que precisem ouvir certas coisas, pouquíssimas pessoas entendem que é para o seu próprio bem. Como não quero ser forçado a mentir só para manter as aparências, silenciei-me.<br /><br>Vinícius Rennóhttp://www.blogger.com/profile/16840331231035659768noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2473078261009185678.post-56824699917170326472009-01-04T11:38:00.004-02:002009-01-04T12:09:55.573-02:001ª Emenda<br>Dia quatro de janeiro do ano dois mil e nove. Fica estabelecido nesta emenda que, a partir da presente data, o <a href="http://ensaiosobreamudez.blogspot.com/2009/01/voto-de-silncio.html">voto de silêncio</a> será acrescido de mais uma situação em que pode ser violado:<br /><br />3) conversas com meus familiares, precisamente, minha mãe, meu pai e meu(s) irmão(s), unicamente na presença destes e quando dentro da casa dos mesmos.<br /><br>Vinícius Rennóhttp://www.blogger.com/profile/16840331231035659768noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2473078261009185678.post-17535648356002213472009-01-03T14:54:00.006-02:002009-01-04T12:19:08.935-02:00Não-aceitação<br>Creio que o maior problema em ficar calado é a falta de aceitação de algumas pessoas. Entre estas está a minha própria mãe, que acha que o fato de eu não usar palavras faladas significa que eu não quero me comunicar com ela. Isto não é verdade. Se eu não falo não quer dizer que eu a ame menos ou lhe dedique menor atenção, significa apenas que preciso usar outros meios para demonstrar essas coisas. Tudo que ela precisa é perceber isso.<br /><br /><b>P.S.:</b> Para manter uma política de boa vizinhaça entre as pessoas que dividem teto comigo, resolvi criar uma <a href="http://ensaiosobreamudez.blogspot.com/2009/01/1-emenda.html">nova exceção</a>.<br /><br>Vinícius Rennóhttp://www.blogger.com/profile/16840331231035659768noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2473078261009185678.post-72490379694070347662009-01-02T12:47:00.003-02:002009-01-02T13:00:42.771-02:00Período de adaptação<br>Ficar calado é mais difícil do que eu pensava. Sem querer, logo no primeiro dia, proferi pequenas sentenças esparsas que não se enquadravam nas exceções do meu <a href="http://ensaiosobreamudez.blogspot.com/2009/01/voto-de-silncio.html">voto de silêncio</a>, totalizando vinte palavras. O que acrescentaria mais um ano e oito meses no prazo. (Se continuar assim, terei que rever as regras de penalização.) Mas é de se compreender que depois de vinte anos falando seria impossível parar tão abruptamente. Portanto, enquanto estou em período de adaptação, não levarei em conta esses pequenos deslises. =P<br /><br />Em conversa com meu primo - ele falando e eu escrevendo -, ele me sugeriu que adicionasse mais uma exceção para apresentações orais de trabalhos na universidade. Julgo muito relevante, porém se o fizesse teria que abranger esta exceção para todas as minhas relações profissionais. Por isso, pensarei mais a respeito antes de tomar qualquer decisão precipitada.<br /><br />E para não ficar apenas nessa chatice, aqui vai uma música que ouvi ontem que muito tem haver com este blogue e a minha atual situação. Espero que gostem:<br /><br /><p align="center"><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/VflKiZzb4h4&hl=pt-br&fs=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/VflKiZzb4h4&hl=pt-br&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object></p><br>Vinícius Rennóhttp://www.blogger.com/profile/16840331231035659768noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2473078261009185678.post-78541824756254037472009-01-01T02:20:00.006-02:002009-01-01T03:16:51.928-02:00Primeiros momentos<br>Começar algo novo e diferente, que nunca se tentou antes na vida, é muito difícil. Tanto por causa da disciplina exigida para sua execução como por conta da falta de aceitação das pessoas ao redor. A maioria acha que endoideci e/ou que não vou conseguir ficar calado por muito tempo. Talvez esteja certa de uma destas afirmativas. Porém darei tudo de mim para cumprir meu <a href="http://ensaiosobreamudez.blogspot.com/2009/01/voto-de-silncio.html">voto de silêncio</a>, pois, além de mostrar para os outros que tenho uma enorme força de vontade, quero provar para mim mesmo que sou capaz de superar tal desafio.<br /><br />Há pouco, como qualquer pessoa, estava em uma festa em comemoração a passagem de ano. A exceção de meu irmão e um primo, ninguém ali sabia que eu havia planejado silenciar-me à primeira hora do novo ano. Para não incomodá-los naquele momento de euforia e não cometer deslises logo nos primeiros momentos de silêncio, resolvi voltar mais cedo para casa. Quando questionado, apontei para minha garganta fazendo-os achar que não podia responder pois estaria inflamada, o que em si já valia como motivo de minha partida precoce.<br /><br />Enfim, como vêem este blogue será tanto a válvula de escape para aqueles pensamentos que ficam coçando na língua para sair pela boca como o diário desta minha experiência. Espero ser capaz de relatar tudo que me acontece de relevante em relação à minha mudez.<br>Vinícius Rennóhttp://www.blogger.com/profile/16840331231035659768noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2473078261009185678.post-52386646042106679092009-01-01T01:00:00.001-02:002009-01-04T12:09:21.898-02:00Voto de Silêncio<br>Primeiro dia do mês de janeiro do ano dois mil e nove. A partir da primeira hora da presente data, eu, Vinícius Rennó, juro não emitir palavras através da minha voz durante o corrente ano, por razões sócio-espirituais que me reservo o direito de não dizer neste documento. Esta condição só poderá ser violada nas duas seguintes situações:<br />1) conversas telefônicas com indivíduos localizados a grande distância e;<br />2) praticas de canto.<br /><br />Em caso de violação que não se enquadre nas situações supracitadas, o prazo de duração deste voto de silêncio estender-se-á em mais um mês por cada palavra proferida.<br /><br />Findo o prazo, se for avaliado que esta condição foi benéfica para minhas relações sociais e para minha paz de espírito na maior parte do tempo, o presente voto de silêncio renovar-se-á por mais um ano.<br /><br />O que está estabelecido neste documento poderá ser modificado em futuras <a href="http://ensaiosobreamudez.blogspot.com/search/label/emendas">Emendas</a>.<br /><br>Vinícius Rennóhttp://www.blogger.com/profile/16840331231035659768noreply@blogger.com0