terça-feira, 24 de março de 2009

Por que falamos?


Ao acompanharmos o crescimento de uma criança, cada vez mais, notamos como a necessidade de falar é presente na vida humana... O quanto falar faz de nós mais parte do mundo...! Algumas pesquisas nessa área mostram que, no caso da criança, a primeira palavra murmurada já representa seu ingresso no universo da linguagem e o abandono do estado da natureza. Assim, pode-se dizer que é a linguagem que possibilita a tomada de consciência do indivíduo como entidade distinta. Sabemos que fazemos uso da linguagem, da língua que nos é ensinada, que falamos. Só não sabemos, por que, justamente pela fala, que comunicamo-nos uns com os outros. Outra questão que intriga o pensamento e os mistérios da vida, ou melhor, reflete sobre a existência da comunicação falada entre os homens é por que falar, viver em sociedade com seres falantes, é quase uma necessidade de sobrevivência. Imaginemos, eu, você, todo nós, sem trocar uma palavra sequer com qualquer pessoa que seja durante toda a vida? Provavelmente morreríamos de angústia, de solidão. Claro que, se nunca tivéssemos tido contato com a fala, com o som emitido pelos falantes ao falarem, com a língua que nos encontramos hoje inseridos, essa realidade -- de falar -- não existiria. Mas pensemos: agüentaríamos ficar um dia inteiro que fosse sem falar? Sem falar nada, absolutamente nada? Não agüentaríamos. Não mesmo! O fato é: falamos. Para a Professora Ana Lúcia C. R. Novelli, autora de um dos textos sobre a linguagem disponível na Internet e que trata sobre essas questões,
"a língua são os primeiros traços de identificação da humanidade no homem. Ao se perceber como habitante da linguagem, o homem rompe com o estado inicial da natureza, a qual estão inseridos os animais e os próprios homens ao nascerem, e ingressa no estado de cultura resultante da organização social e do partilhamento da vida em comum".
Este é um trecho retirado do texto "Linguagem: Até que ponto existimos a partir do momento em que falamos?", de Luciana Arruda. Só o publiquei neste blogue justamente para ter algum contraponto; para que não haja um discurso unilateral. Afinal, acredito na coexistência de multiplas verdades.

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